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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Artigos: Arquitetura Gótica


A arquitetura gótica nasce na França, no gótico aparece o arcobotante, que possibilitou a grande altura de algumas catedrais góticas. Uma de suas características mais marcantes é a ogiva, mesmo suas abóbadas são ogivais. Suas catedrais são decoradas com motivos da flora e da fauna e com monstros (gárgulas). Produto da cultura cristã, reflete a mentalidade da Idade Média e da doutrina teocêntrica. A abadia de Saint-Denis iniciada em 1132 é a primeira realização da arquitetura gótica.
No século XII, são construídas as catedrais francesas de Sens, Senlis, Noyon, Laon, Notre-Dame de Paris, que tem em comum um segundo piso nas naves laterais, o que nas igrejas românicas chamava-se tribuna, que visava dar maior sustentabilidade à abobada central. Em 1194 começa a se construir a catedral de Chartres, que junto com Reims e Amiens caracterizam uma evolução no gótico, onde a tribuna é substituída pelo trifório, que cabe apenas uma pessoa. Amiens, a maior e uma das mais belas catedrais góticas, começou a ser edificada no início do século XIII e antes do final do século estava quase concluída, pode-se considerar um tempo curto para tal empreendimento. A primeira das igrejas de Amiens foi destruída por um incêndio em 1218 e sua reconstrução se dá a partir do ano 1236.
O projeto de Amiens é realmente surpreendente, compõe-se de três naves, um amplo transepto e a nave composta do altar-mor que é rodeado por sete capelas, sendo a central mais profunda, em Reims são apenas cinco, e em Paris são também sete, porém todas iguais. A estrutura da catedral sugere extrema leveza, seus pilares são constituídos por colunas dispostas em diagonal. Amiens também se destaca por seus vitrais, perfeitamente integrados, que representam uma evolução na apropriação da luz. Em sua fachada verificam-se três características das igrejas da época: acima dos portais encontra-se o friso vazado, feito com uma arcada ogival; logo acima do friso está um conjunto de estátuas que representam monarcas franceses, característica única do gótico francês; e a enorme rosácea envidraçada que fica entre as duas torres. A ornamentação de sua fachada com elementos iconográficos é tão vasta que já foi chamada de “a Bíblia de Amiens”.
Na Espanha, já em 1220, inicia-se a construção da catedral de Burgos e a de León em 1280, mais tardias são as construções de Sevilha (1401-1506) e a de Toledo, igreja de São João dos Reis. A mistura do gótico com elementos mouriscos, produz em Toledo e na Andaluzia o estilo mudéjar, que será desenvolvido durante os séculos XIV e XV, caracterizado pelas abobadas em estalactite e pela ornamentação rebuscada.
A Inglaterra também sofre influência do gótico francês, verifica-se em catedrais como a de Lincoln (1192 a 1233), a de Salisbury (1220-1266) e a de Winchester (1371-1460), que apresenta o estilo perpendicular que marca o fim do gótico na Inglaterra. No gótico inglês a arquitetura militar encontra seu apogeu, como se pode ver nos fortes de Harlech, Conway e Pembroke.
A Alemanha oferece maior resistência à entrada da influência francesa, porém em 1248 tem início a construção da catedral de Colônia que é puramente gótica, a partir de então o estilo se firma em toda Alemanha e influenciará a Áustria e a Hungria.
Na Itália a influência gótica é menor, porém são consideradas obras-primas os castelos de Ferrara e Bari ou o Palazzo Vecchio, em Florença. Em Veneza o gótico se mistura com o estilo bizantino, gerando um estilo curioso como se pode verificar no famoso Cà-d’oro, construído entre 1421 e 1437.