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sábado, 27 de agosto de 2011

Exposição Santo Antonio de Sá: Primeira Vila do Recôncavo da Guanabara


Mostra revela características do início da ocupação do estado do Rio de Janeiro
O Museu Nacional/UFRJ apresenta, a partir de hoje (27), a exposição "Santo Antônio de Sá: Primeira Vila do Recôncavo da Guanabara", em que exibe relíquias arqueológicas recém-descobertas, que revelam como viviam os primeiros habitantes do Recôncavo da Guanabara. A mostra é resultado de um dos maiores trabalhos de Arqueologia já realizados no País, feito na região de Itaboraí, área do Complexo Petrolífero do estado do Rio de Janeiro (Comperj), onde foram identificados pelo menos 45 sítios arqueológicos.
Chamará a atenção dos visitantes uma peça de apenas três cm, o Tembetá, um tipo de jóia utilizada pelos índios no século XVI e que pela primeira vez foi encontrado no Rio de Janeiro. Graças a esta descoberta, os pesquisadores poderão identificar o período de ocupação dos índios Tupi no estado.
Segundo os pesquisadores, o resgate histórico proporcionado por este trabalho delineou um quadro regional e cronológico de ocupação (que se estende do sec. XVI ao XIX), de extrema relevância no entendimento das relações entre diferentes grupos sociais através dos séculos. O trabalho realizado pelas escavações demonstrou dois momentos ocupacionais bem distintos: foi local de moradia dos Tupi e também recebeu os colonizadores europeus que trouxeram os africanos.
As primeiras atividades desempenhadas pelo Projeto Programa de Resgate do Patrimônio Arqueológico começaram há quatro anos atrás, em uma área de 18 km² na região do Comperj, em Itaboraí. Foram identificados 45 sítios arqueológicos na área, número esse que engloba sítios característicos das diversas ocupações que a região presenciou: sambaquis, assentamentos de grupos ceramistas, bem como ocupações do período histórico, incluindo aí testemunhos da presença africana no Rio de Janeiro.
Dentre os sítios identificados, 18 foram selecionados para investigação arqueológica, dando início, então, à segunda etapa do projeto, que caracterizou-se pelo estudo e salvamento dos materiais encontrados.
A exposição fica aberta até 26 de novembro e é resultado da parceria entre o Museu Nacional, Petrobrás e a Associação Amigos do Museu Nacional (SAMN).