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domingo, 11 de setembro de 2011

O FILHO E A INTERNET


Uns dizem que hoje em dia a Internet, em vez de aproximar, afasta as pessoas, que ficam em casa sozinhas, no chat.
Olha só o que aconteceu: O irmão da Márcia morreu de acidente de moto, era o filho mais velho de quatro que Dona Maria e Seu Antônio tinham. O único homem. Quando a família foi desocupar o apartamento do Joel, que tinha morrido, encontrou uma carta dizendo que “você não quer conhecer seu filho...” A carta era de mil novecentos e oitenta.
A família começou a procurar o tal do filho que Joel teria. Seria uma maneira de ter um pouco do Joel de volta. Apareceu um rapazinho, no Sul. Os amigos do Joel diziam que havia esta dúvida. Mandaram vir, encheram o garoto de presentes, filmaram a chegada do menino, paparicaram ele, uma festa.
Mas o DNA disse que não era filho de Joel. Um mico, se não fosse uma tristeza. Os pais do rapaz morto, do Joel, começaram a percorrer as ruas de Niterói em busca das pistas do possível neto. Mas estavam velhos demais e a coisa foi ficando angustiante. Os outros filhos convenceram os pais a desistir.
Bem... quase dez anos depois a Dona Maria liga pra filha mais nova e pede pra ela procurar na Internet. Bem. Em quinze minutos a caçula estava no telefone com o rapaz que no site “pessoas desaparecidas” procurava o pai. O rapaz ouviu que seu pai (que ele dera nome completo no site) tinha falecido, mas que havia uma família inteira procurando por ele. Foi uma festa.
No dia de aniversário do Seu José, quando ele fazia noventa anos, saiu o resultado do exame de DNA. O cara era realmente filho do Joel.
Seu José e Dona Maria, que tinham perdido um filho, ganharam um neto e três bisnetos que não saem da casa deles, foi uma alegria.
E graças à Internet...