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sábado, 28 de abril de 2012

Mostra "O Legado de Orson Wells"




Órfão aos quinze anos, após a morte do seu pai (sua mãe morreu quando ainda tinha 9 anos), George Orson Welles começou a estudar pintura em 1931, primeira arte em que se envolveu. Adolescente, não via interesse nos estudos e em pouco tempo passou a atuar. Tal paixão o levou a criar sua própria companhia de teatro em 1937. Em 1938, Orson Welles produziu uma transmissão radiofônica intitulada A Guerra dos Mundos, adaptação da obra homônima de Herbert George Wells e que ficou famosa mundialmente por provocar pânico nos ouvintes, que imaginavam estar enfrentando uma invasão de extraterrestres. Um Exército que ninguém via, mas que, de acordo com a dramatização radiofónica, em tom jornalístico, acabara de desembarcar no nosso planeta. O sucesso da transmissão foi tão grande que no dia seguinte todos queriam saber quem era o responsável pela tal "pegadinha". A fama do jovem Welles começava. Foi casado com a atriz Rita Hayworth e tiveram a filha Rebecca. O casal divorciou-se em 1948.
Sua estreia no cinema, em filmes de longa metragem, ocorreu em 1941 com Citizen Kane (Em Portugal, "O Mundo a seus Pés"; no Brasil, "Cidadão Kane"), considerado pela crítica como um dos melhores filmes de todos os tempos e o mais importante dirigido por Welles.

Logo após "Citizen Kane", Welles passou uma temporada no Brasil, onde pretendia filmar o famoso carnaval carioca para acrescentar ao seguimento My Friend Bonito, do documentário It's All True. Mas algo desastroso ocorreu. Sobre o fato, Welles comentou em entrevista ao crítico de cinema, André Bazin: "Era co-dirigido por mim e Norman Foster. Era uma história entre um pobre menino e seu touro. Depois fizeram outra versão, modificando todas as ideias e refazendo tudo ao modo deles. Eu tinha rodado durante três meses, mas a RKO (estúdio) me despediu. Quando retomaram a ideia não queriam saber mais nada de mim. Tampouco me pagaram nenhum tipo de direitos e atuaram como se fosse uma história original". Esse tipo de problema iria ser uma constante na carreira de Welles, que logo após o fracasso de público de A Dama de Xangai (1948) raramente conseguiria realizar um filme à sua maneira, dirigindo quase sempre em condições precárias.
Para se ter um exemplo, as filmagens de Dom Quixote (1959-1972) (Don Quijote de Orson Welles) duraram mais de dez anos, e mesmo assim somente o copia do filme pode ser visto (hoje já está disponível em DVD).
Tentando continuar sua carreira, ele passou as décadas seguintes aceitando papéis de ator, no qual sua presença e voz marcante, mesmo quando as participações eram pequenas, nunca passavam sem chamar atenção. Ao voltar a Hollywood depois de uma temporada na Europa, Welles atuaria como um dos co-protagonistas do premiado The Long, Hot Summer (1958), dirigiu e atuou em A Marca da Maldade, famoso por ter incluído um plano-sequência de três minutos com um desfecho impactante, e teria um de seus melhores desempenhos em cena no filme Compulsion, de 1959.
Em 1962 realizou "The Trial", filme baseado na obra " O Processo" de Franz Kafka. Welles considerou este um dos seus mais gratificantes filmes realizados. Em 1979 teve um pequeno papel no filme "The Secret Life of Nikola Tesla."
Orson Welles morreu de ataque cardíaco em sua casa em Hollywood, Califórnia em 10 de outubro de 1985, aos 70 anos, e, segundo a lenda, teria feito o seguinte comentário sobre sua profissão antes de morrer: "Esse é o maior trem elétrico que um menino já teve."
Seu último trabalho foi dublando a voz do planeta Unicron no desenho animado de longa metragem de 1986 The Transformers: The Movie.

De 1º a 13 de maio, Av. Almte Barroso, 25- Centro
Mostra absolutamente imperdível, filmes e debates. Para os filmes, ingresso a R$ 2,00, com meia entrada a R$ 1,00

Programação
1º de Maio – Sessão de Abertura
19h00 The Hearts of Age (8min, exibição digital)
A Marca da Maldade (95min, 35mm)
2 de Maio
14h00 Grilhões do Passado (97min, exibição digital)
16h30 Cidadão Kane (115min, 35mm)
19h00 Debate “Memória e Identidade na construção narrativa: narração,
ficção e o conceito de verdade nas obras de Orson Welles”, com o
Prof.Dr. João Luiz Vieira (UFF) e a Profª Drª Ana Lucia Enne (UFF)
3 de Maio
14h00 O Estranho (95min, 35mm)
16h30 Dom Quixote (116min, exibição digital)
19h00 Macbeth – Reinado de Sangue (89min, 16mm)
4 de Maio
14h00 Verdades e Mentiras
16h30 Falstaff – O Toque da Meia-noite (115min, exibição digital)
19h00 The Hearts of Age (8min, exibição digital)
Soberba (88min, 35mm)
5 de Maio
14h00 A Dama de Shangai (87min, exibição digital)
16h30 O Processo (119min, 35mm)
19h00 Otelo (92min, 35mm)
6 de Maio
14h00 É Tudo Verdade (85min, exibição digital)
16h30 Cidadão Kane (115min, 35mm)
19h00 Grilhões do Passado (97min, exibição digital)
8 de Maio
14h00 Soberba (88min, 35mm)
16h30 Verdades e Mentiras (89min, exibição digital)
19h00 O Estranho (95min, 35mm)
9 de Maio
14h00 Dom Quixote (116min, exibição digital)
16h30 Macbeth – Reinado de Sangue (89min, 16mm)
19h00 Debate “Elementos e Influência de Shakespeare no universo
wellesiano”, com o Prof. Dr. Marcel Vieira (UFC) e Profª Drª.
VanessaTeixeira de Oliveira (UNIRIO)
10 de Maio
14h00 Falstaff – O Toque da Meia-noite (115min, exibição digital)
16h30 A Dama de Shangai (87min, exibição digital)
19h00 Otelo (92min, 35mm)
11 de Maio
14h00 A Marca da Maldade (95min, 35mm)
16h30 Grilhões do Passado (97min, exibição digital)
19h00 Soberba (88min, 35mm)
12 de Maio
14h00 Cidadão Kane (115min, 35mm)
16h30 O Processo (119min, 35mm)
19h00 É Tudo Verdade (85min, exibição digital)
13 de Maio
14h00 Falstaff – O Toque da Meia-noite (115min, exibição digital)
16h30 Dom Quixote (116min, exibição digital)
19h00 The Hearts of Age (8min, exibição digital)
Verdades e Mentiras (89min, exibição digital)