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terça-feira, 31 de julho de 2012

História dos Jogos Olímpicos



Em cerca de 2500 a.C., os gregos realizavam festivais esportivos em honra a Zeus no santuário de Olímpia - o que originou o termo olimpíada. O evento era tão importante que interrompia até as guerras. Os nomes dos vencedores das competições começam a ser registrados a partir de 776 a.C. Participavam apenas os cidadãos livres, disputando provas de atletismo, luta, boxe, corrida de cavalo e pentatlo (que incluía luta, corrida, salto em distância, arremesso de dardo e de disco). Os vencedores recebiam uma coroa de louros.
Mais tarde, os atletas se profissionalizam e passam a receber prêmios em dinheiro. As Olimpíadas perdem prestígio com o domínio romano na Grécia, no século II a.C. Em 392, o imperador Teodósio I converte-se ao cristianismo e proíbe todas as festas pagãs, inclusive as Olimpíadas.
A versão moderna dos festivais esportivos gregos é realizada, pela primeira vez, em 1896, em Atenas, por iniciativa do francês Pierre de Fredy (1863-1937), o barão de Coubertin. Participam 285 atletas de 13 países, disputando provas de atletismo, ciclismo, esgrima, ginástica, halterofilismo, luta livre, natação e tênis. Os vencedores são premiados com medalha de ouro e ramo de oliveira. Adota-se o termo "olimpíadas", no plural, pois na competição cada modalidade é encarada como uma olimpíada em separado. 
Nas Olimpíadas seguintes, realizadas em Paris, em 1900, a falta de infra-estrutura e de divulgação tornam os Jogos um fracasso. Em 1904, as Olimpíadas de Saint Louis chegam a durar quase cinco meses.

História das Olimpíadas: Política e esporte

Na Era Moderna, as Olimpíadas servem de palco para manifestações políticas, apesar de seu objetivo de promover a amizade entre os povos. Nas Olimpíadas de Berlim, em 1936, o chanceler alemão Adolf Hitler recusa-se a reconhecer as vitórias do atleta norte-americano negro Jesse Owens, ganhador de quatro medalhas de ouro. Nas Olimpíadas de Munique (1972), um atentado do grupo terrorista palestino Setembro Negro mata 11 atletas de Israel.
Até o fim da Guerra Fria ocorrem vários boicotes às Olimpíadas por motivos políticos. Os EUA, por exemplo, não participam dos Jogos de Moscou, em 1980, em protesto contra a invasão do Afeganistão. Os soviéticos, por sua vez, recusam-se a disputar as Olimpíadas de Los Angeles, em 1984, alegando problemas de segurança. Apenas em Barcelona (1992) a competição volta a contar com a maioria dos países.
Até o fim da Guerra Fria ocorrem vários boicotes às Olimpíadas por motivos políticos. Os EUA, por exemplo, não participam dos Jogos de Moscou, em 1980, em protesto contra a invasão do Afeganistão. Os soviéticos, por sua vez, recusam-se a disputar as Olimpíadas de Los Angeles, em 1984, alegando problemas de segurança. Apenas em Barcelona (1992) a competição volta a contar com a maioria dos países. 

História das Olimpíadas: Deuses e Homens

Os gregos inventaram os Jogos Olímpicos há mais de 3 mil anos. Durante esse tempo, muitas histórias foram criadas para explicar como surgiu um dos eventos esportivos mais importantes do mundo.
Uma delas diz que Hércules, filho de Zeus, o deus supremo, matou um homem em um dia difícil, por um motivo bobo. Arrependido, ele criou as Olimpíadas para pedir desculpas ao pai e aos outros deuses.
Na verdade, os gregos inventaram os jogos para exibir suas habilidades e agradar aos deuses do Olimpo, um monte sagrado que era a morada das antigas divindades gregas. Criaram então quatro grandes festas, das quais as Olímpias - que aconteciam na cidade de Olímpia, onde havia um templo dedicado a Zeus - eram as mais importantes. O primeiro registro desses jogos é de 776 a.C. (antes de Cristo).
Os gregos foram impedidos de continuar a festa quando os romanos dominaram a Europa, por volta do século II antes de Cristo.
Os implicantes romanos achavam que as Olimpíadas não tinham a menor importância e que os gregos deviam trabalhar para eles... como escravos!
Os jogos entraram em decadência, até que um imperador mandou derrubar os templos e o estádio de Olímpia.
A origem dos Jogos e espetáculos atléticos remontam ao terceiro milênio a.C.
No Egito a atividade desportiva era praticada por todas as classes sociais, tendo o atletismo o objetivo de espetáculo popular, que se aproximava um pouco do do circo moderno, e os exercícios atléticos estavam ligados a um conjunto de práticas sócio-religiosas.
Nas Ilhas do Mar Egeu e Creta o espírito atlético surge por volta dos anos 1500 a.C. De entre os Jogos mais praticados salientam-se a acrobacia, o boxe, a luta, o volteio na corda bamba acima de um touro. Estes Jogos tinham lugar num recinto preparado para o efeito - uma arena, e estas provas atléticas estavam também relacionadas com cerimônias religiosas.
Em Micenas o atletismo teve uma grande amplitude, desenvolvendo-se variadas manifestações desportivas quer por ocasião de festas religiosas em honra de um deus quer nas cerimônias dedicadas a um herói morto. Os Micênicos criaram novos jogos, como a corrida a pé e as corridas de carros. É com estes jogos que surge a noção de competição.
É na Era Homérica e pós-Homérica que o desporto se instala nos hábitos de vida das pessoas. Os exercícios que tinham aplicação militar foram objeto de verdadeiras provas entre os concorrentes. A sociedade tinha em alta estima o atletismo e os atletas e o desporto determinou o nascimento de uma aristocracia - somente os melhores participavam nas competições. Para Homero, o herói ideal possuía força física e mental, era inteligente, bravo e possuidor de caráter. Os Jogos eram organizados visando o simples prazer do esforço físico, da proeza e da vitória.
A prática desportiva tornou-se parte integrante na educação grega em que o ideal a alcançar era o homem belo e nobre (Kalos Kagatos), o homem consumado ou perfeito referenciado por
Sófocles, Platão e Xenofonte. Surge nesta altura a idéia de se alcançar um equilíbrio harmonioso entre o corpo e o espírito, e a música, o canto e a dança constituíram também complementos da formação do adolescente. Os primeiros ginásios surgem em Atenas no séc. sexto.
Na maioria das religiões da Antiguidade o mundo terrestre é uma representação do cosmos. Assim sendo, os homens da Grécia criaram os heróis e deuses da sua mitologia com as características, atitudes e atividades próprias da natureza humana e os encontros atléticos foram projetados para um plano divino e às competições desportivas foi dada uma feição sagrada.

Os jogos Olímpicos

A chamada Era Olímpica foi caracterizada pelo espírito de competição e todos os gregos podiam participar nos Jogos.
As festas desportivas abertas a todos os povos gregos foram chamadas de manifestações pan-helênicas. Os Jogos foram instituídos, alguns mensalmente outros anualmente e outros de 4 em 4 anos. Fora de Olímpia, os centros atléticos mais célebres foram Delfos (Jogos Píticos), Corinto (Jogos Ístmicos) e Neméia (Jogos Nemeos).
Mas nenhuma destas competições pode igualar a dimensão e celebridade dos Jogos de Olímpia realizados de 4 em 4 anos nos meses de Agosto e Setembro (época das colheitas) e no período em que decorriam eram feitos acordos de paz - a Trégua (todas as hostilidades entre as cidades relacionadas com as provas eram interrompidas durante a realização dos Jogos). O território dos Jogos, Elida, era declarado neutro, inviolável e sagrado. A origem mítica dos Jogos está ligada, para uns, ao mito de Zeus, para outros aos seus filhos Apolo ou Hércules. Mas a sua origem está estreitamente ligada ao culto dos deuses e dos heróis e à vontade de celebrar os seus combatentes.
As provas decorriam no Estádio e no Hipódromo e constavam das seguintes atividades: corridas de velocidade e de fundo; o pentatlo (corrida, salto em comprimento, lançamento do disco, lançamento do dardo e luta); o pancrácio (com todos os golpes da luta e do pugilato); corridas de cavalos e de carros (inclusão na 25ª Olímpiada).
Aos vencedores das provas era atribuída, como recompensa, uma coroa de oliveira (árvore da paz). Mas a vitória era sinal de favor divino e assim o vencedor era considerado como um eleito dos deuses, sendo a sua maior recompensa a de ficar na memória coletiva da Grécia.
Os ideais que norteavam os Jogos vão ser desvirtuados com a conquista da Grécia pelos Romanos. A corrupção, os prêmios monetários, a preferência por espetáculos de grande violência acabaram por minar os ideais olímpicos e a pretexto de os Jogos serem manifestações pagãs, o Imperador Teodósio proibiu a sua celebração no ano de 393 d.C. A última Olimpíada da Antiguidade, a 287ª, decorreu no ano 369 d.C.
Os Jogos que durante mais de 12 séculos foram um fator de unidade da civilização Grega chegaram ao fim, sem glória.
Os Jogos que durante mais de 12 séculos foram um fator de unidade da civilização Grega chegaram ao fim, sem glória.

Jogos Olímpicos da Era Moderna

Nas últimas 3 décadas do século XIX, começam a surgir movimentações desportivas, nomeadamente o atletismo. Competições locais e campeonatos organizam-se por todo o lado. Esta moda de costumes é aproveitada por Pierre de Coubertin.
Em 1886 o barão Pierre de Coubertin escreve os primeiros artigos sobre a educação desportiva, com o desejo de desenvolvimento do movimento desportivo nos liceus e colégios de França.
Em 1889 sonha com o restabelecimento dos Jogos.
Em 1894 convoca um congresso em Paris, do qual resultou a fundação do Comitê Olímpico Internacional (COI), e a revitalização dos Jogos Olímpicos "adaptados à Era Moderna, ajustando-se à antiguidade clássica e com base internacional".
Os primeiros  Jogos Olímpicos da Era Moderna  tiveram lugar em Atenas, em 1896, celebrando-se, desde então, de 4 em 4 anos, com interrupções em 1916 e 1939-1945 devido às grandes guerras mundiais.
Somente 14 países estiveram presentes com 245 atletas em 13 modalidades desportivas, tendo sido utilizado o estádio construído todo em mármore e desenhado por Licurgo no ano 350 a.C.
O ideal Olímpico restaurado visava a fraternidade dos povos.
Na sessão inaugural, também estabelecida por Coubertin, desfilam as delegações dos países participantes e as suas bandeiras, faz-se a proclamação da abertura dos Jogos, iça-se a bandeira olímpica ao mesmo tempo que se toca o hino olímpico, acende-se a pira olímpica com um simbolicamente aceso em Olímpia e levado de mão em mão pelos corredores até ao estádio e fazem-se os juramentos olímpicos (atletas e juízes).
Aos vencedores das competições é concedida a subida ao pódio sendo-lhes entregue diplomas e medalhas para o 1º, 2º e 3º classificados por membros do COI. Segue-se o hastear das bandeiras das nações dos vencedores e ouve-se o hino nacional do 1º classificado.
A cerimônia final efetua-se no final da última competição no estádio. Tornam a desfilar os participantes e suas bandeiras e o presidente do COI declara os Jogos encerrados, convidando a juventude de todos os países a voltar a reunir-se 4 anos mais tarde, na cidade já escolhida. Depois do soar das trombetas é arreada a bandeira olímpica e entregue ao edil da cidade eleita para os próximos Jogos.
As Olimpíadas de Inverno (começaram em 1924) que deviam realizar-se em 1996, tiveram lugar no ano de 1994, em Lilimaier, de modo a que de futuro a sua realização ocorra, alternadamente, com os Jogos de Verão.