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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

GERDAU INICIA GESTÃO DO MUSEU DAS MINAS E DO METAL

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Produtora global de aço assumiu o MMM em de 1º de dezembro, quando a entrada passou a ser
gratuita. A companhia fará benfeitorias no Prédio Rosa e trará novidades na museografia


Desde o dia 1º de dezembro de 2013, o Museu das Minas e do Metal (MMM), no Circuito Cultural Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, está sob nova gestão. A Gerdau, líder no segmento de aços longos das Américas e uma das principais fornecedoras de aços especiais no mundo, é a nova mantenedora do espaço. A temática do Museu, que abrange as duas principais atividades econômicas de Minas Gerais, a mineração e a metalurgia, está relacionada à produção de aço – liga metálica formada essencialmente por ferro e carbono –, área de atuação da companhia. Com a chegada da Gerdau, o MMM passa a ter entrada gratuita a todos os públicos. Para 2014, estão previstas melhorias na estrutura física do Prédio Rosa e novidades na museografia.

Por meio do Instituto Gerdau, a Gerdau apoia, há vários anos, diversas iniciativas culturais no Brasil. Entre elas, a parceria com a Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre (RS). Criada em 1995, um ano após a morte do pintor, a instituição tem o papel de aproximar o público de um dos grandes nomes da arte brasileira no século XX. Além disso, outros projetos recebem o patrocínio da empresa, como o Prêmio Jovem Cientista e os programasFronteira do Pensamento e Fórum da Liberdade, voltados para debates com especialistas nas áreas política, econômica, social e cultural. Em Minas Gerais, o destaque fica com o Programa Gerdau Germinar, que já beneficiou mais de 260 mil pessoas por meio de iniciativas voltadas para a educação ambiental e fortalecimento da cidadania.

Aberto ao público em 22 de junho de 2010, o Museu das Minas e do Metal – com 44 atrações distribuídas em 18 salas – foi concebido para destacar a marcante relação da história e das expressões culturais do Estado de Minas Gerais com a riqueza de suas minas e recursos naturais. Com público diverso, recebe, em média, 5 mil visitantes por mês, totalizando cerca de 210 mil visitantes até o momento.

Além de colocar a mineração e a metalurgia em perspectiva histórica, o Museu desvenda o papel do metal na vida humana, ilustrando sua diversidade, características, processos produtivos e sua inserção no imaginário coletivo. Os metais são os elementos de maior diversidade no universo químico. Portanto, entender o metal, os minerais e seus componentes significa entender o motor, não apenas da industrialização e do desenvolvimento de uma sociedade, mas também da vida.

Das Minas
Minas Gerais é um dos territórios minerais mais ricos e importantes do mundo e o maior do Brasil. Nesse estado brasileiro, o subsolo forneceu matérias-primas que atraíram investimento em mineração, logística e na verticalização da cadeia produtiva com a siderurgia e a metalurgia. Ferro, Ouro, Manganês, Zinco, Calcário, Alumínio, Nióbio, Grafita, Diamante, Gemas e Água são as principais minas do Estado. Além disso, se tornaram tema de diversas atrações do MMM.

Com o intuito de humanizar a visita e aproximar o público, as atrações do Museu das Minas e do Metal são apresentadas de uma forma lúdica por personagens históricos e fictícios, tais como MendeleevDom Pedro II e Zinc. O visitante explora conteúdos científicos com uma abordagem tecnológica e histórica e que despertam interesse e curiosidade. Além das minas, mais de 400 amostras minerais expostas no Inventário MineralChão de Estrelas eMiragens representam a beleza, riqueza e diversidade do mundo mineral.

A mina de ouro mais profunda do mundo está no MMM e o visitante ainda pode conhecê-la na companhia de Dom Pedro II e da Imperatriz Teresa Cristina. A Mina de Morro Velho, localizada no município de Nova Lima, Minas Gerais, de onde foram retiradas cerca de 300 toneladas de ouro, marcou a história do desenvolvimento da mineração de ouro no Brasil. Com trajetória de quase 300 anos e desativada em 2003, a mina de fato recebeu a visita do imperador e sua esposa durante o Brasil Colônia. O Museu resgatou esse passeio emocionante e convida o visitante a descer em um elevador virtual até 2,5 mil metros de profundidade.

Do Metal
Durabilidade, flexibilidade, versatilidade e resistência são apenas algumas das qualidades dos metais. Estão presentes em vários objetos do cotidiano, ao longo da trajetória do Homem: da espada à armadura, da panela ao fogão, do carro ao avião, do telefone ao computador ou de um simples prego à estrutura dos arranha-céus. É impossível imaginar o mundo contemporâneo sem os metais, condutores de eletricidade e da imaginação criativa do homem que, a cada dia, desenvolve novos usos para estes bens que vêm da terra.

Por meio de um inusitado passeio, o visitante do Museu das Minas e do Metal descobre o universo dos metais junto aos tubos da Tabela Periódica ou no toque à Mesa dos Átomos - atrações que desvendam formação dos compostos químicos -, na balança da atração Vale Quanto Pesa, que revela instantaneamente a quantidade de metal no corpo, nas trocas de commodities do Vil Metal, no manuseio de pequenas alavancas da Logística ou nos elegantes e históricos adornos do Espelho Mágico. Pode-se também conferir as Janelas para o Mundo, que trazem o uso dos metais em várias áreas, como medicina, transporte, nanotecnologia, robótica, entre outras.

Além disso, o visitante se depara com a beleza imponente da sala da Língua Afiada, símbolo do Museu. Trata-se de uma escultura de aço inox de 18 metros de comprimento, contrastando com a cor alaranjada das chapas de cobre que a cercam.

Museografia
Para dialogar com os visitantes e permitir uma intensa vivência pelo mundo das rochas, bem como sua composição química, seus processos de formação e uso cotidiano por milhões de pessoas em todo o mundo, Marcelo Dantas, responsável pela ambientação e design dos diversos espaços do Museu das Minas e do Metal, criou um projeto museográfico com ambientes interativos, inovadores e dotados de alta tecnologia.

Os trabalhos do artista se concentram em potencializar conteúdos históricos com ênfase na sensorialidade do visitante. Reconhecido designer, curador de famosas exposições e diretor de documentários, Dantas é formado em Cinema e Televisão pela New York University e pós-graduado em Telecomunicações Interativas pela mesma universidade. Entre outros trabalhos, foi curador do Museu da Língua Portuguesa (SP) e do Museu das Telecomunicações do Oi Futuro Flamengo (RJ).

Por isso, o MMM surpreende por seu acervo digital, presente em boa parte das atrações. Ao longo da visita, o frequentador se surpreende com a possibilidade de interagir com cada atração e descobrir novos conteúdos. Química e mineralogia, assuntos muitas vezes considerados complexos, são contados de maneira lúdica por personagens criados com recursos tecnológicos.

Arquitetura
Com área de 6 mil metros quadrados, o edifício original do Museu das Minas e do Metal foi projetado em 1895 por José de Magalhães para abrigar a Secretaria do Interior do Estado. Inaugurado em 1897, juntamente com o Palácio da Liberdade, nasceu com a nova capital de Minas. Sua arquitetura eclética exibe linhas e simetrias que remetem à influência da França do Segundo Império e à inspiração neoclássica, o que faz do edifício um ícone da arquitetura belo-horizontina.

Em seu interior, a presença de materiais nobres e importados da Europa dá o tom. Destaque para a escadaria alemã de ferro fundido em estilo Art Nouveau, ferragens belgas, pisos de parquet e forros de madeiras nobres. As pinturas decorativas se espalham por todos os ambientes e são de autoria do alemão radicado no Brasil, Frederico Steckel, conhecido pela decoração da Ilha Fiscal e do Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro, e do Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte. Após um criterioso processo de restauração, que durou um ano, o edifício voltou a apresentar, por dentro e por fora, a beleza de suas linhas originais.

Já o projeto arquitetônico de transformação do espaço para a implantação do Museu é de autoria do arquiteto e urbanista Paulo Mendes da Rocha – um dos expoentes da arquitetura contemporânea mundial - e coordenado por seu filho, o também arquiteto Pedro Mendes da Rocha. O conjunto arquitetônico da Praça da Liberdade passou a contemplar uma obra de Mendes da Rocha, mundialmente reconhecido e premiado em 2001 com o Prêmio Mies van der Rohe para a América Latina e em 2006 com o Pritzker, considerado o “Nobel” da arquitetura.

Nos espaços, cores e elementos foram criados. O ambiente tornou-se amplo e generoso, possibilitando visões e perspectivas surpreendentes, seja na varanda do último piso, no elevador panorâmico, na escada lateral ou nos caminhos criados para a circulação no MMM. A obra de Paulo Mendes da Rocha se fundamenta no que ele acredita: “Nós, habitantes do novo mundo, que devemos elaborar e implementar novas formas de ocupação do território”.

Restauração
Foram necessários 360 dias para as obras de restauração artística, entre setembro de 2008 e outubro de 2009. Para devolver o esplendor ao antigo prédio, foram necessárias 71 caixas de luvas, 1.548 latas de removedor, 6 mil lâminas para bisturis, 500 litros de aguarás, 1,2 mil lixas, 1 mil sacos de estopa, 3.744 pincéis, 620 potes de pigmentos, 1 mil máscaras, 800 tocas de cabelo, 208 pacotes de pó de café, quase 20 mil pãezinhos de sal e cinco aparelhos de som que tocavam música clássica e popular brasileira.

A questão principal era conciliar a restauração às necessidades de um museu moderno e interativo, uma vez que a construção civil caminhou junto com este processo. A estratigrafia - pesquisa de cores e pinturas ocultas - e o projeto de restauração do Grupo Oficina de Restauro foram conduzidos pela restauradora Maria Regina Reis Ramos. A fiação antiga foi retirada das paredes – que sofreram, ao longo do tempo, os efeitos da substituição das máquinas manuais por elétricas – para dar lugar a uma nova instalação elétrica.

No total, 28 ambientes do MMM foram restaurados. O desafio da restauração foi grande, pois, em alguns cômodos, foram encontradas até três pinturas sobrepostas à decoração original. Esse fato proporciona ao visitante conhecer as fases por quais passou o prédio por meio de “janelas de prospecção”, que revelam as decorações que se perderam, as camadas retiradas e as originais deixadas. Por isso, o projeto museográfico foi adaptado para mostrar as curiosidades do processo de restauração, sem interferir na concepção original do prédio.

Programação cultural
Além do acervo disponível para visitação do público, o Museu das Minas e do Metal promove uma programação cultural com palestras, exibição de filmes, apresentações musicais, lançamentos de livros, saraus de poesia, entre outras atividades. Entre os temas abordados, destaque para ciência, tecnologia, educação, infância, arte, cultura, meio ambiente e cidadania.

Visitação
Funcionamento: De terça a domingo, de 12h às 18h (quinta, de 12h às 22h). Na segunda-feira, o MMM permanece fechado para visitação do público.
Entrada: Gratuita.

Regras
Não é permitido fotografar com flash, acessar as dependências do Museu usando sapatos com salto ou portando qualquer tipo de alimento ou bebida.

Acessibilidade
O prédio possui banheiros, elevadores e rampas para pessoa com mobilidade reduzida. A entrada é pela Avenida Bias Fortes, onde está o elevador panorâmico, e há estacionamento exclusivo.

Agendamento de grupos
O Educativo do MMM oferece visitas monitoradas a grupos escolares e a outros grupos interessados mediante agendamento, inclusive pelas manhãs.

Ajuda
Educadores estão à disposição nos diversos ambientes do Museu para auxílio ao visitante.

Loja
Estão à venda souvenires como amostras minerais, canecas personalizadas, livros e jogos infantis. Horário de funcionamento: Terça a domingo, das 12h às 18h (quinta, de 12h às 22h).

MMM Café
Café com opções de sanduíches, saladas, comidinhas e sobremesas para almoço ou café da tarde.
Horário de funcionamento: Terça a domingo, de 12h às 18h (quinta, de 12h às 22h).

Endereço

Praça da Liberdade, s/ nº, Prédio Rosa - Belo Horizonte, Minas Gerais
CEP: 30140-010
Telefone: (31) 3516-7200
E-mail: contato@mmm.org.br