FOTOGRAFIAS

AS FOTOS DOS EVENTOS PODERÃO SER APRECIADAS NO FACEBOOCK DA REVISTA.
FACEBOOK: CULTURAE.CIDADANIA.1

UMA REVISTA DE DIVULGAÇÃO CULTURAL E CIENTÍFICA SEM FINS LUCRATIVOS
(TODAS AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NAS PUBLICAÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DE QUEM NOS ENVIA GENTILMENTE PARA DIVULGAÇÃO).

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Café Controverso discute organização dos meios de transporte e o uso da bicicleta em Belo Horizonte


Evento acontece durante a Semana da Mobilidade no Brasil


O número crescente de veículos particulares tem tornado a circulação nos grandes centros urbanos um verdadeiro desafio, tanto para a população quanto para o poder público. Diante da nova realidade, o investimento em alternativas, como ciclovias, tem se intensificado em algumas das principais cidades brasileiras, embora os espaços existentes até então ainda sejam insuficientes. Quais medidas precisam ser tomadas? As bicicletas são realmente uma solução para o problema do trânsito? Essas questões serão discutidas no Café Controverso do próximo sábado, 27 de setembro, com o tema “Bicicletas e mobilidade urbana”. Participam do encontro André Schetino, coordenador do curso de Educação Física do Centro Universitário Izabela Hendrix e autor do blog “Até onde deu pra ir de bicicleta”, e Dimas Alberto Gazolla, professor da Escola de Engenharia da UFMG, especialista em planejamento de sistemas de transportes urbanos e impactos ambientais.

O Café tem início às 11h, na cafeteria do museu, e entrada gratuita. Após o debate, um grupo de Tweed Ride – encontro de ciclistas que gostam de pedalar à moda antiga, com figurinos inspirados nos anos 1900, vai se concentrar na Praça da Liberdade e seguir para o Museu Abílio Barreto, onde haverá atividades relacionadas ao uso da bicicleta.
Dimas Alberto Gazolla explica que para pensarmos a questão do transporte feito a pé e em bicicleta é necessário pensar a cidade como um todo, considerando também a relação dessas modalidades com as outras formas de transporte. “A matriz de transporte em Belo Horizonte é composta apenas por ônibus, automóveis e um trecho de 28 km de linha de metrô. Se pensarmos que a matriz ideal para uma cidade deveria ter, no mínimo, 14 tipos de modalidades de transporte, percebemos o quanto ainda temos para implementar.”
Para o professor, do ponto de vista conceitual, o planejamento de mobilidade de Belo Horizonte sempre foi na direção oposta da resolução dos problemas. “O ideal seria a criação de políticas públicas que descentralizassem a demanda de transporte e que fizessem a sua gestão. Belo Horizonte faz justamente o contrário – as ações correm atrás da demanda, e por isso nunca vão supri-las. É por isso que mesmo após grandes investimentos nunca conseguimos melhorar a questão do transporte na cidade, só piorá-lo.”

André Schetino é ciclista em Belo Horizonte há 14 anos e faz cicloturismo dentro e fora do Brasil. Para ele, o principal desafio para a propagação do uso da bicicleta em Belo Horizonte ainda é o apego à cultura do automóvel: “Agora o movimento começa a ganhar espaço na cidade, com grupos de ciclistas crescendo e se organizando para pressionar o poder público por mais ciclovias, e, nesse sentido, vemos a formação de uma situação de enfrentamento. Mas também existem pessoas que sustentam o mito de que BH não tem relevo para a bicicleta, que ciclovia toma o lugar dos carros, mas isso é um processo natural. Outras cidades, como Nova Iorque, e agora também São Paulo, passaram por isso.”

De acordo com o professor, apesar de ainda ter muito o que trabalhar na difusão da cultura da bicicleta, Belo Horizonte já se insere em um contexto mundial de busca por formas alternativas de transporte. “Tudo isso não está acontecendo de forma isolada. Temos encarado um problema mundial de colapso do trânsito e isso motiva as pessoas a buscar alternativas para os carros”, completa Schetino.

Café Controverso
O conhecimento raramente passa pelo consenso e sua construção se faz, sempre, pelo diálogo. Nos Cafés Controversos, os temas são amplos e diversificados, e não se detêm aos tratados no interior do Espaço do Conhecimento: abordam diferentes setores da cultura, das artes e da ciência. Um espaço de debate e troca de ideias e perspectivas.

Espaço do Conhecimento UFMG estimula a construção de um olhar crítico acerca da produção de saberes através da utilização de recursos museais. Sua programação diversificada inclui exposições, cursos, oficinas e debates. Integrante do Circuito Cultural Praça da Liberdade, o Espaço do Conhecimento é fruto da parceria entre a operadora TIM e a UFMG e conta com o apoio da Rede de Museus e Espaços de Ciências e Cultura da UFMG e da DAC – Diretoria de Ação Cultural da UFMG.

Serviço:
Café Controverso – Bicicletas e mobilidade urbana
Data: 27 de setembro, 11h
Local: Espaço do Conhecimento UFMG - Praça da Liberdade, 700
Entrada franca
Mais informaçõeswww.espacodoconhecimento.org.br
Informações para a Imprensa: (31) 3409-8366