FOTOGRAFIAS

AS FOTOS DOS EVENTOS PODERÃO SER APRECIADAS NO FACEBOOCK DA REVISTA.
FACEBOOK: CULTURAE.CIDADANIA.1

UMA REVISTA DE DIVULGAÇÃO CULTURAL E CIENTÍFICA SEM FINS LUCRATIVOS
(TODAS AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NAS PUBLICAÇÕES SÃO DE RESPONSABILIDADE DE QUEM NOS ENVIA GENTILMENTE PARA DIVULGAÇÃO).

domingo, 27 de setembro de 2015

IBRE lança livro sobre Mobilidade Urbana no Rio de Janeiro

As questões relacionadas à mobilidade urbana afetam diretamente a qualidade de vida da população, além de terem importantes implicações para a economia e o meio ambiente. A relevância desse tema levou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE) a organizar um projeto de pesquisa que resultou no livro “Mobilidade Urbana: Desafios e Perspectivas para as Cidades Brasileiras”, com lançamento na próxima segunda-feira, dia 28 de setembro, às 19h, na Livraria da Travessa de Ipanema.
Publicado pela Editora Elsevier e organizado pelo coordenador de Economia Aplicada do IBRE, Armando Castelar, em parceria com o presidente da Inter.B Consultoria Internacional de Negócios, Cláudio Frischtak, o livro é composto por 13 capítulos redigidos por 22 autores. A obra mostra que o desafio da mobilidade urbana não é trivial: as restrições físicas, legais, entre outras, são muitas e há várias soluções possíveis, que nem sempre são diretamente comparáveis, pois necessitam de algum tipo de direção sobre o modelo de cidade subjacente e suas funções. Há também múltiplas dimensões a serem consideradas e sua hierarquização não é óbvia. Além disso, dado o volume de recursos envolvidos, o interesse público está frequentemente ausente do debate, que é dominado por atores com capacidade singular de influência no plano político – representantes eleitos, instituições e processos decisórios.
“Três fatores principais contribuíram para a acentuada deterioração das condições de mobilidade nas cidades brasileiras. Primeiro, o crescimento da população urbana e metropolitana, que pressiona os sistemas de transporte. Segundo, os diversos estímulos dados pelo governo ao setor automobilístico (isenções tributárias, crédito barato e preço artificialmente baixo dos combustíveis), que induziram um forte aumento na taxa de motorização no país. Terceiro, a falta de investimento em mobilidade urbana, fruto da carência de recursos e dos usuais problemas de planejamento e execução presentes nas obras de infraestrutura no Brasil”, disse Armando Castelar. Ao olhar para frente, o pesquisador aponta que “os estudos de caso na segunda parte do livro evidenciam a importância do planejamento metropolitano interdisciplinar e integrado”. 
Cláudio Frischtak acredita que o Brasil se descuidou da mobilidade urbana nas últimas décadas, e escolheu um modelo de cidade centrado no deslocamento individual por automóvel. “Os custos associados a este modelo são claramente muito elevados e afetam de forma desigual os mais pobres. De forma crescente, a população exige dos governantes que as cidades brasileiras transitem para sistemas de mobilidade alicerçados no transporte de massa de qualidade. Há um conjunto de imperativos, incluindo o planejamento de médio e longo prazo dos sistemas; a coordenação política e administrativa das instâncias que atuam na territorialidade; regulação adequada; e formas de financiamento que mobilizem recursos públicos e privados, e combinem eficiência alocativa e equidade na prestação dos serviços”, explica.
O livro busca contribuir para essa discussão, com análises temáticas e estudos de caso sobre diferentes regiões metropolitanas brasileiras. Seu conteúdo é resultado do Seminário “Mobilidade Urbana: Desafios e Perspectivas para as Cidades Brasileiras”, organizado pelo IBRE. O volume retrata a pluralidade de opiniões de especialistas do setor público e acadêmicos de instituições como as universidades federais da Bahia, de Minas Gerais, do Pará e Fluminense (UFBA, UFMG, UFPA, UFF, respectivamente), a Universidade de Brasília (UnB), a Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) e a Coppe/UFRJ.